Há um movimento muito forte no mercado nacional e internacional em que muitas marcas corporativas, assim como investidores, estão analisando a presença e capacidade que empresários, executivos e conselheiros de empresas têm em influenciar digitalmente e formar uma comunidade não apenas de seguidores, mas também de compradores e defensores dos valores que o branding promete. Isso tem feito com que a carreira desses profissionais seja vista por outra perspectiva, não apenas dependente do CNPJ para alavancar os negócios, mas também por meio da marca pessoal.
Quando o “CPF” passa a entrar nesse jogo, oportunidades na carreira, convites e negócios podem aumentar exponencialmente, principalmente pelo fato de vivermos a Era da desconfiança digital onde há volume de conteúdo online, mas não se sabe em quem acreditar. Portanto, quem mais compartilha conteúdos de valor e possui estratégias para passar segurança ao público-alvo, tende a ter maior valorização no mercado, tornando-se uma máquina de atração a potenciais clientes, assim como a recrutadores.
Apesar do conceito e tendência do personal branding ter presença nos EUA há anos, no Brasil chega por agora com força total, apesar de que muitos profissionais ainda não perceberam isso e ficam se lamentando (e indignados) como colegas de segmento menos qualificados e menos experientes conseguem oportunidades que deveriam ser suas. Agora é o momento de criar um maior impacto por onde passa por meio de um nome e sobrenome no mercado de trabalho que sejam os seus próprios, e não apenas de um CNPJ que você representa onde era conhecido apenas como o “Fulano(a) da empresa X”. Você é uma marca que transmite constantemente impressões, emoções, tecnicidade, e está em um ranking na mente do seu consumidor quando ele tem um desafio para resolver. Portanto, ser “top of mind” é uma jornada rumo à conquista da autoridade moral que você também pode percorrer por meio da reputação.
Se quiser mostrar a força e competência do seu trabalho, e ser referência não apenas no seu setor mas a outras lideranças aumentando os convites, inclusive, para integrar Conselhos de Administração ou Conselhos Consultivos, há alguns dados que você precisa conhecer. Desde 2010, o número de CEOs presentes no LinkedIn aumentou 122%, segundo estudo feito pela Weber Shandwick, e concluiu que quanto mais eles engajam por meio das páginas das empresas, mais as companhias conseguem impulsionamento. A pesquisa verificou também que, quando o CEO aparece em vídeos corporativos, a influência na comunicação é bem maior. Entretanto, o levantamento demonstra que apenas 28% dos CEOs mundiais participam de grupos de networking. Essas reflexões e mudanças no mercado têm gerado reflexões e debates como, inclusive, será que um dos quesitos mais fortes nos próximos anos na avaliação da remuneração de um CEO será o poder do mesmo nas redes sociais levando uma legião de seguidores a serem compradores da marca?
Apesar da tendência da presença de CEOs em redes sociais, grande parte ainda não contribuiu de forma agregadora em termos de produção de conteúdos que gerem valor ao público-alvo da companhia e da sua marca pessoal. Muitos, quando publicam, apenas abordam sobre produtos e serviços da companhia (o tal “empurrão” de vendas ao estilo da publicidade tradicional da década de 80 e 90), ou falando apenas das suas próprias conquistas, o que acaba por alimentar o próprio ego e buscar curtidas por meio do que eu denomino de “métrica de vaidade”, a qual nada resolve.
Temos a capacidade de controlar nossa marca pessoal e ser um CPF que conta uma história, e não um profissional que dependa única e exclusivamente de um CNPJ a dizer para onde, como, quando e se você pode seguir em frente na carreira ou qual posto irá ocupar. Muitos profissionais dizem ser líderes, mas não possuem a capacidade de liderar a própria jornada tendo, de fato, a independência de escolhas na jornada profissional.
A partir do momento que você conseguir perceber o que precisa ser melhorado no posicionamento do seu branding pessoal e quais as lacunas podem prejudicá-lo, você perceberá que há um alcançável mais grandioso para se conquistar nesse e nos próximos anos além de pagar os boletos da próxima semana e ter uma casa e o carro do ano. Encontre essa sua grandeza e não esqueça que a corrida apenas pela "felicidade financeira" pode trazer o consumo da sua energia, do tempo e da paz de espírito que são irrecuperáveis.
Que você seja protagonista da sua própria história e conquiste seu espaço para contá-la de forma estratégica criando um legado realmente memorável, impactante e marcante. Afinal, você pode ser uma marca.
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