TECNOLOGIA NO CAMPO, AGRICULTURA 4.0.
Agronegócio
LUCAS BOAVENTURA - ENGENHEIRO AGRÔNOMO
Lucas 3

É evidente a transformação tecnológica que o mundo passou nos últimos 10 anos. De aparelhos celulares até carros voadores. E o campo não ficou de fora dessa que podemos chamar de revolução tecnológica. Praticamente toda essa modernização entre softwares e máquinas andaram em paralelo com o campo, seja voltada para agricultura seja voltada para pecuária. Desde a revolução verde que aconteceu na década de 50, anualmente temos visto grandes mudanças na forma e estrutura de trabalho das fazendas. Automação em implementos agrícolas, investimento em nanotecnologia, e a injeção de bilhões na engenharia genética são exemplos de como a tecnologia tomou conta do mundo do agronegócio. O termo ainda é novo para nós, mas o fenômeno denominado de AgTech tem efervescido o mercado voltado a tecnologia no campo. Uso de satélites para monitoramento de lavouras tem sido o grande destaque nesse mercado. Os VANTs (veículos aéreos não tripulados), drones capazes de identificar ataques de pragas e doenças, como também a de deficiências nutricionais em partes específicas das lavouras, através da coleta de imagens que são encaminhadas instantaneamente para o celular do produtor, auxilia de forma mais rápida a uma tomada de decisão mais precisa em suas lavouras. A rastreabilidade feita na produção de gado permite que você conheça aos tataravôs daquele delicioso bife do almoço. Isso gera uma maior confiabilidade principalmente agregando valor ao mercado consumidor externo. A modernização dos implementos agrícolas tem sido outro fator importante que se destaca. A automação de máquinas que estão preparadas para realizar desde o plantio até a colheita das lavouras, evitando gastos excessivos, permitindo que realoquemos a mão de obra a outros setores da propriedade, utilização consciente de insumos e melhor aproveitamento do tempo de trabalho ao longo dos campos. Toda essa modernização não fica restrita somente aos grandes produtores, Hilton Torres médio produtor no Sul do Estado de Goiás adquiriu equipamentos para suas máquinas agrícolas, nelas o uso de GPS’s e Sensores aumentam a capacidade de aplicação de insumos em taxas variáveis, ou seja, aplica-se somente a quantidade necessária de insumos de acordo com cada área, “ é um investimento que além de me trazer comodidade no meu trabalho, me mostra exatamente o quanto e o local que tenho que aplicar determinado produto, a economia que temos em serviço e a eficiência nas aplicações, pagam de forma considerável todo o investimento feito em novas tecnologias”. A preocupação constante pela escassez de água no planeta fez com que empresas voltadas a irrigaçãodesenvolvessem tecnologia necessária para minimizar cada vez mais o desperdício de água nas irrigações. Hoje, sistemas de telemetria permitem que o produtor controle remotamente e com precisão as irrigações ao longo da lavoura. O cruzamento de dados permite que exista uma rega em taxa variável, levando em consideração sistemas meteorológicos e fotos via satélite das condições reais do solo, promovendo maior economia de água, combustível e energia, além da otimização do uso dos veículos. Ou seja, todo esse sistema revela ao produtor o momento certo que a umidade presente no solo não é capaz de atender as exigências de uma determinada cultura. Curioso não?!

Podemos citar várias outras vertentes da chamada Agricultura 4.0. A robótica, a engenharia genética, a biotecnologia, a nanotecnologia, permitem uma maior economia com a mão de obra em serviços braçais, o uso da tecnologia no campo parece ser um caminho sem volta. As sucessões das gerações dentro do agronegócio permite o crescimento das empresas (AgTechs) voltadas a implantação dessas tecnologias no campo. A profissionalização da mão de obra em manusear essas tecnologias garante o crescimento profissional daqueles que eram restritos a serviços braçais. Sendo o agronegócio um mercado bilionário, permite o aparecimento de novas startups, voltadas a esse segmento, sendo uma grande aposta para os investidores nos próximos anos. Então empresas que produzem desde insetos predadores para controle de pragas nas lavouras, a empresas que monitoram os cultivos ou rebanhos via satélite, nos revelam que o agronegócio caminha de forma paralela a evolução tecnológica que ocorre nos grandes centros.

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