GESTÃO DE INDICADORES: UMA NOVA PERCEPÇÃO NA GESTÃO EDUCACIONAL.
Empresarial
CHRISTIAN KLEBER ROSA LISBOA - EMPRESÁRIO
Cristian

No início da década de 60 o então consultor de empresa Prof. Peter Drucker, deu início a uma das mais discutidas teorias da Administração, conhecida mundialmente como APO (Administração por Objetivo). Dentre os vários conceitos relevantes, teve a definição clara de Eficiência e Eficácia , propôs que a melhor  maneira de julgar o  desempenho é aquela em que podemos estabelecer objetivos e as linhas de ações adequadas para alcançá-las.

Nesse momento Drucker nos deu uma grande oportunidade, que anos depois por meio de um conhecido estatístico o Prof. Karou Ishikawa, foi difundido, em meio a mudança cultura no final da Segunda Grande Guerra, que foi a implantação da qualidade total como ferramenta de mensuração e padronização de processos. Com o passar dos anos de implantação da ferramenta e o aumento da competitividade, observou a necessidade contínua da melhoria dos produtos e também dos processos, com isso o questionamento se fez através de uma afirmação do próprio Prof. Karou Ishikawa. O mesmo afirmava que “QUEM NÃO MEDE NÃO GERENCIA”, com isso o controle estatístico de processo unido ao sistema de informação gerencial cria o que hoje conhecemos por gestão por indicadores.

A consciência do verdadeiro significado de gerenciamento, apesar de todo o esforço que vem sendo empreendido nos últimos anos em nosso País, ainda é muito baixa. Na maioria dos casos, as pessoas ainda pensam que "gerenciamento é bom senso".  Para Falconi (2008) “Gerenciar é melhor e manter resultado”. As coisas estão mudando rapidamente nesses últimos tempos: ou se toma conhecimento dos métodos e das técnicas utilizadas (para a redução de custos a valores impensáveis, para o desenvolvimento de novos produtos, para o controle de processos, para a prevenção de acidentes de toda natureza, etc.), ou se levará, com todo o "bom senso" do mundo, as organizações a falta de competitividade. Portanto julga-se que uma pessoa é um bom Diretor ou Gestor não necessariamente pelo que sabe, por sua capacidade de falar, por sua pose, por sua filiação ou por seu relacionamento político, mas sim por sua capacidade de atingir resultados. As profundas mudanças que estão ocorrendo à nossa volta e a velocidade com que elas se desenvolvem por meio das redes de comunicação, sistemas de informação e também das redes sociais, faz com que os paradigmas do nosso tempo sejam rapidamente quebrados para podermos acompanhar tal momento. Existem empresas, pública ou privada que trabalham com rapidez, outras que fazem o que tem que ser feito, mas num cuidado e numa velocidade ainda insuficientes para a realidade de hoje e outras que já estão condenadas, não necessariamente por seus resultados atuais, mas pela indecisão com que conduzem o desenvolvimento de seus funcionários e a busca de resultados excepcionais. Nas realidades impostas por uma economia global, estar capacitado e competitivo é fator de sobrevivência, portanto a dicotomia existente entre ser Pedagógico ou Administrativo que paira nos bastidores da gestão educacional brasileira enfrenta uma realidade de mudanças, qualificações e adaptações a apresentação pública de seus resultados e a sanção quanto ao não atingir das metas estabelecidas.

As formas de provimento da função de diretor escolar podem ser definidoras para o nível de comprometimento do dirigente com a organização e gestão escolar (PINTO, 1994; PARO, 1995). Mesmo que isso não se realize de forma tão imediata, aquelas formas podem demonstrar a compreensão que a administração do sistema de ensino tem sobre a função. De forma equivalente, a existência e funcionamento dos conselhos de escola, sabidamente importantes instrumentos da gestão escolar, pode nos demonstrar as formas pelas quais os dirigentes escolares os utilizam na condução do processo político que é a gestão escolar. Esse formato apresentado demonstra uma gestão democrática na escolha dos diretores, mas o que o sistema propõe é além da democracia na escolha dos gestores. A escolha deverá ser agregada aos resultados das unidades geridas por eles depois da escolha. Esta possibilidade deixará um lastro de informações que, no correr dos anos, a capacitação do gestor agregada com ações implantadas levará um ambiente de comparação entre as unidades, possibilitando criar um ambiente de Boas Práticas. 

O poder da chefia burocrática se sustenta na hierarquia e no conhecimento, particularmente no conhecimento daqueles aspectos administrativos e institucionais. Quanto mais os professores tiverem esse entendimento sobre a função do diretor, mais tempo o poder permanecerá concentrado nas mãos deste.

O Governo Federal, através do MEC – Ministério da Educação, criou o que foi denominado de Os Indicadores da Qualidade na Educação. Eles foram criados para ajudar a comunidade escolar na avaliação e na melhoria da qualidade da escola. Compreendendo seus pontos fortes e fracos, a escola tem condições de intervir para melhorar sua qualidade de acordo com seus próprios critérios e prioridades, sendo assim estes indicadores obtiveram sete dimensões: (ambiente educativo, prática pedagógica, avaliação, gestão escolar democrática, formação e condição de trabalho, espaço físico escolar, acesso, permanência e sucesso na escola), junto as estas dimensões criou-se os índices de gestão a vista, o que oportuna aos stakeholder  acompanhar o desempenho da instituição, buscando a melhoria para o processo e a gestão.

As políticas públicas versus o esforço pontual de melhoria da qualidade da educação no Brasil, está sendo um dos grandes desafios para esta década. Tendo em vista que a participação do terceiro setor, as iniciativas públicas e privadas e o mecanismo de gestão por resultado que se fazem pilar no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), agregado com as novas tecnologias disponibilizadas pelos meios de comunicação e pelas redes de sistema de informação, faz com que a papel do Diretor escolar se transforme em um Gestor Educacional, capaz de mensurar suas qualidades e deficiências, observar as oportunidades e minimizar suas ameaças regionais e até mesmo locais.

Portanto a expectativa é de uma nação que invista na educação de qualidade e na qualificação de seus gestores e também de seus professores, visando a uma cultura de aperfeiçoamento contínuo.  

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